sábado, 20 de novembro de 2010

TRABALHO "HISTÓRIA SOCIAL DA INFÂNCIA E DA FAMÍLIA" E " CASA GRANDE E SENZALA"

O livro de Ariès mostra o quanto à infância foi construída a partir da percepção do adulto sobre a criança, a interpretação da sociedade européia até a Idade Média não distinguia crianças e adolescentes dos adultos.
Na família, a função afetiva não era latente. A relação social principal era de sobrevivência e trabalho. A criança era socializada longe do ambiente familiar, porque era treinada em tarefas adultas.

Num outro momento, Aries descreve algumas passagens de um relato sobre a educação de Luís XIII, no século XVII. Na sociedade medieval, não existia o sentimento ou a consciência da particularidade da infância. Assim que podia viver sozinha, a criança ingressava na sociedade dos adultos e não se distinguia deles.

Escola e Colégio na Idade Média eram reservados a um pequeno número de clérigos de diferentes idades que se tornam no início dos tempos modernos um meio de isolar as crianças e adestrá-las. Há o uso de disciplina autoritária para separar as crianças da sociedade dos adultos. Resistências a essa evolução persistiram por longo tempo.

Depois houve algumas mudanças no sistema disciplinar: Vigilância, Delação, Castigos Corporais.
A educação não era mais voltada para as boas maneiras, objetivo era instruir a própria família sobre seus deveres e suas responsabilidades, e aconselhá-la em sua conduta com relação às crianças.


Já o livro de Gilberto Freyre, casa-grande e senzala, abrigava uma rotina comandada pelo senhor de engenho, cuja estabilidade patriarcal estava apoiada no açúcar e no escravo. O suor do negro ajudava a dar aos alicerces da casa-grande sua consistência quase de fortaleza. Sob seu teto viviam os filhos, o capelão e as mulheres, que fundamentariam a colonização portuguesa no Brasil. Embora diretamente associada ao engenho de cana e ao patriarcalismo nortista, a casa-grande não era exclusiva dos senhores de engenho. Podia ser encontrada na paisagem do sul do país, nas plantações de café, como uma característica da cultura escravocrata e latifundiária do Brasil.

Os padres jesuítas desempenhavam um papel importante na tentativa de implantar uma sociedade estruturada com base na fé católica. Para catequizar os índios, os jesuítas decidiram vesti-los e tirá-los de seu hábitat. Já o senhor de engenho tentava escravizá-los. Nos dois casos, o resultado era o extermínio e a fuga dos primitivos habitantes da terra para o interior.
A escravidão desenraizava o negro de seu meio social e desfazia seus laços familiares. Além dos trabalhos forçados, ele era usado como reprodutor de escravos: era preciso aumentar o rebanho humano do senhor de engenho. As crias nascidas eram logo batizadas e ainda assim consideradas gente sem alma.

Os negros, muitos agora, libertos pela alforria, pela revolta ou pelas fugas, unidos nos quilombos, lutavam pelo fim da escravidão. Aliavam-se aos ideais libertários os filhos de poderosos senhores de engenho que se tornavam abolicionistas por motivos econômicos, humanitários ou, simplesmente, pelo apego que tinham às suas mães de leite. O negro livre deixou as fazendas e os engenhos e foi inchar as periferias das cidades.

Nome: Juliana Felício Crusius Turma: A

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