Na visão de Ariès a escola na idade media (séc.XVI) era uma forma de separar a criança da família e dos adultos, a escola era um ambiente inapropriado para o desenvolvimento intelectual da criança. As idades não eram separadas e infância era uma coisa que não existia, as crianças eram tratadas como mini-adultos e seus trajes e pinturas tinham formas e semelhanças com seus pais, não se acreditava que as crianças possuíssem pensamentos ou atitudes inocentes, não tinham atenção excessiva.
Tinha-se maior preocupação com o conteúdo a ser aplicado e não na faixa etária, atribuída à escola medieval. Philippe Ariès traduz a infância a partir dos sete anos como Enfant, ou seja, não-falante, pois nesta fase a criança não se expressa bem, não consegue fazer uma boa articulação. A infância é ignorada, as crianças eram tratadas com grosseria e brincadeiras despudoradas.
Já no século XIV as atividades eram distinguidas pelo sexo, meninas possuíam atividades diferenciadas como fiar, bordar, costurar e meninos a ler, escrever e cálculos matemáticos.
No contexto de Casa Grande & Senzala, entra duas culturas diferenciadas, o indígena e os africanos, mas ambas com interferências do “homem branco”. O indígena com relação a família a mulher assume um papel principal, como cuidar da casa, trabalhar no campo, confecção dos utensílios domésticos. O homem cuida dos filhos, mas também assume um papel de importância no cultivo e plantação para o sustento da família. A infância nas tribos é regrada a danças e influencias de gerações, as crianças com bonecos de barro confeccionados por sua mãe e quase não existe briga entre as crianças. A educação dos índios antes dos Jesuítas chegarem era realizada através dos mais velhos. Com a chegada da Companhia de Jesus, os índios, então começam a serem catequizados e seus hábitos modificados, principalmente na religiosidade.
Com os negros africanos não foi muito diferente, pois eram utilizados como escravos, as crianças assumiam o papel de “brinquedo” para a criança branca, eram como se fossem uma espécie de “cavalinho”, pois montavam como tal e suas infâncias eram reduzidas a isso. Os brancos eram os únicos que tinham acesso a uma boa educação, tinha em sua residência um tutor para ensiná-los e educá-los. Somente o escravo que convivia com a família na casa grande, como amas de leite ou dama de companhia, que recebiam algum tipo de educação. Enquanto as crianças negras eram tratadas por seus pais com certa afetividade, os brancos refletiam a imagem e semelhança dos seus pais, eram tratados como mini-adultos.
(Texto criado por Rhayza Schuller Grassotti, estudante do 1º semestre de Pedagogia)
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