Casa Grande e Senzala aborda a temática de duas culturas diferentes, a africana e a indígena. Na cultura indígena a mulher assume papel principal em relação à família, cuida da casa, da lavoura, do marido e dos filhos. Ainda confecciona seus utensílios domésticos e os brinquedos dos filhos. O homem exerce papel fundamental na plantação e no cultivo de alimentos, na caça e na pesca para o sustento da família.
As crianças crescem de maneira livre, sem fraldas e nem cueiros que lhe dificultassem os movimentos. Nas tribos, as regras e tradições eram repassadas às crianças pelos mais velhos. Com a chegada dos jesuítas, os índios começaram a ser catequizados, e muitos dos seus costumes foram alterados, principalmente em relação a religião.
A vida dos negros nesse período era “difícil” e de sacrifícios. A grande maioria dos adultos era forçada a trabalhar nas roças, engenhos, cafezais e etc. As escravas de “dentro de casa” eram, geralmente, as “amas de leite” e tinham uma relação de afeto muito forte com as crianças brancas. Já os filhos das escravas eram tratados como brinquedos pelos brancos, serviam de distração para as crianças.
Enquanto as crianças negras eram tratadas com muito carinho pelos seus pais e aprendiam suas tradições e valores “no colo” dos mais velhos, as crianças brancas tinham uma educação bem rígida e eram tidas como “mini-adultos”. O contato de afetividade que as crianças brancas recebiam era basicamente feito pelas “mães pretas”.
Um tutor era contratado para ir à residência dos “Senhores Brancos” e ensinar aos seus filhos os bons modos e as “letras”.
A escola na idade média (século XVI), segundo Ariés, tinha de certo modo, como objetivo privar as crianças do convívio familiar. O ambiente não era muito propício ao desenvolvimento das crianças, suas idades não eram levadas em conta, e as brincadeiras praticamente não existiam. A infância era ignorada, e as crianças tratadas de forma grosseira e despudorada. A visão de criança “inocente” era desconhecida pelos adultos da época.
(Texto criado por Cindy Nunes, estudante do 1º semestre de Pedagogia)
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