Segundo o livro de Ariès, na Idade Média a infância era sinal de ingenuidade, iria até os sete anos e as crianças não sabiam se expressar corretamente. E a infância foi mais privilegiada no século XIX. As crianças eram vestidas como mini adultos, assim como acontece no Casa Grande & Senzala, só no século XVII que começaram utilizar roupas que as deixassem mais ‘livres’, mais soltas. As brincadeiras eram precoces, aprendiam tudo muito cedo, tocar instrumentos, dançar e falar.
Durante a passagem do século XVI para o século VII a sexualidade era totalmente explícita na infância, mas ainda no século XVI começaram ocorrer mudanças, sendo a criança tida como um anjo.
As escolas eram compostas por turmas que tinham desde crianças até adultos e sendo utilizado o mesmo método de ensino para ambos. Os colégios eram abrigos para os pobres, só depois de dois séculos de existência passou a ser um local de ensino e de disciplina rígida. Somente no início do século XIX a criança começou a ser tratada de modo diferente e iniciou-se a relação entre idade e classe escolar. No fim da Idade Média o mestre tinha grandes responsabilidades, deveria educar o aluno além de ensiná-lo.
Já na obra Casa Grande & Senzala as crianças brancas estavam sempre com suas amas, que os protegiam, cantavam canções e contavam-lhe histórias. Seus brinquedos eram os escravos que tinham a mesma idade. Assim como no livro de Ariès a sexualidade era cedo, meninas casavam-se novas, após a comunhão deixavam de serem crianças.
Os meninos de engenho tinham mestres particulares e os meninos escravos ficavam observando para também aprenderem a ler e escrever. Houve situações em que os meninos de engenho aprendiam com professores negros, que eram menos rígidos.
Conforme o número de colégios crescia, acontecia o mesmo com as doenças, pois a higiene dos internatos era precária. Os mestres eram totalmente autoritários e aplicavam punições severas aos alunos.
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