NEGROS E EDUCAÇÃO NO BRASIL – Luiz Alberto
Oliveira Gonçalves in 500 Anos de Educação no Brasil org. LOPES, Eliane Marta
Teixeira et al. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
- Reforma Leôncio de Carvalho de 1879 – instituía obrigatoriedade do ensino dos 7 aos 14 anos e eliminava a proibição de escravos freqüentarem as escolas públicas.
- Cursos noturnos: Decreto 7031 de 06/9/1878
RS: Escolas negavam acesso a negros escravos
e livres / cursos liderados por abolicionistas, republicanos, críticos da
Igreja católica e defensores da instrução do povo / incutir preceitos de
moralidade e civilidade que acreditavam estar ausentes na população negra.
Século XVII – Quilombos
Século XVIII – Irmandades dos negros católicos
- EUA – cristãos brancos impediam aos escravos acesso à cristianização por causa das implicações de igualdade na Bíblia. Sentido protestante: evangelizar é educar no sentido pleno. Batismo: atentado aos interesses de proprietário. Separação das Igrejas nos EUA / Teologia Negra / Igreja Negra
- Brasil – tanto fazia cristianizar ou não na visão dos proprietários – permitiu os cultos afros / Irmandades colaboraram / um padre branco as coordenava. 1719 – proibição do compadrio negro. Santos estão na base do catolicismo popular do Brasil colonial – não Jesus Cristo. As Irmandades eram associações de assistência e de ajuda material, não de escolarização.
- Início do século XX – entidades negras de caráter cívico e recreativo que davam cursos para os negros (crianças e jovens), visando a melhoria da auto-imagem da população negra.
Solidariedade de classe nessas instituições.
Frente Negra
Brasileira – 1936 = agrupar, educar, orientar.
A PEDAGOGIA DO MEDO:
DISCIPLINA, APRENDIZADO E TRABALHO NA ESCRAVIDÃO BRASILEIRA - Mário Maestri in Histórias e Memórias da
Educação no Brasil, vol I séc. XVI –XVIII. STEPHANOU, Maria BASTOS, Maria
Helena Câmara (org.) Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
Literatura específica
da Pedagogia Servil: padres Jorge Benci: Economia cristão dos senhores no
governo dos escravos; André João Antonil: Cultura e opulência no Brasil por
suas drogas e minas; Manuel Ribeiro da Rocha: Etíope resgatado: empenhado,
sustentado, corrigido, instruído e libertado e Análise sobre a justiça do
comércio do resgate de escravos da costa da África do Bispo Azeredo Coutinho.
- Formas de produzir
o produtor do escravo ideal = ensaios sobre o Brasil e os manuais de
agricultura do Império.
“Na África, eram
múltiplos os caminhos que permitiam a metamorfose do aldeão em um cativo
vendido em uma feitoria da costa africana – venda pelo patriarca da família;
redução judiciária ao cativeiro por dívidas, feitiçaria, adultério, homicídio,
captura por seqüestro, razias e guerras, etc.” p. 194
- Travessia do
interior até o litoral, embarque no tumbeiro, perda do nome africano, marcação
a ferro com o símbolo da Coroa ou do comprador, batismo sumário com marcação a
ferro de uma pequena cruz – óbolo sacerdotal.
O castigo físico como
pedagogia do medo para torturar a alma
Meio urbano: aluguel
de escravos de ofício
Anúncios de jornais
demonstram instrução de meninas escravas junto das brancas – alfaiates,
ajudantes de comércio exigiam alguma instrução.
Cuidado com possíveis
generalizações de Gilberto Freyre
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