O escritor moçambicano Mia Couto foi o centro do Roda Viva no dia 5 de novembro. Ele veio ao Brasil para participar do Sarau da Cooperifa e passou pelo programa para falar sobre a literatura nos países de seu continente de origem.
Mia tem forte ligação com o Brasil: hoje ocupa uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. O Brasil e a França são os países em que suas obras mais fazem sucesso, mas o autor ressalta que em Moçambique também tem aceitação do público leitor. “É um país pequeno, o livro circula pouco. Eu sou o escritor mais publicado; mais lido”.
Mesmo com a diversidade de línguas existentes no país, o escritor escolheu o português, que segundo ele vem crescendo. “40% já falam português. É uma língua minoritária, mas a mais falada. Há mais de 25 línguas em Moçambique, eu só consigo falar duas delas”.
Mas Mia Couto conta que não é o único escritor a optar por escrever em português. “Não conheço um escritor em Moçambique que não escreve em português. Conheço dois casos de autores que tentaram, mas não tiveram sucesso”.
Mia tem forte ligação com o Brasil: hoje ocupa uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. O Brasil e a França são os países em que suas obras mais fazem sucesso, mas o autor ressalta que em Moçambique também tem aceitação do público leitor. “É um país pequeno, o livro circula pouco. Eu sou o escritor mais publicado; mais lido”.
Mesmo com a diversidade de línguas existentes no país, o escritor escolheu o português, que segundo ele vem crescendo. “40% já falam português. É uma língua minoritária, mas a mais falada. Há mais de 25 línguas em Moçambique, eu só consigo falar duas delas”.
Mas Mia Couto conta que não é o único escritor a optar por escrever em português. “Não conheço um escritor em Moçambique que não escreve em português. Conheço dois casos de autores que tentaram, mas não tiveram sucesso”.
Atualmente ele é comparado a escritores como Gabriel Garcia Márquez, Guimarães Rosa e Jorge Amado – por sinal, seu influenciador: “O Brasil não sabe o quanto Jorge Amado foi importante para nós”. Segundo o autor, a literatura brasileira influenciou um momento de ruptura na literatura de Moçambique.
Apesar de ser um escritor reconhecido, Mia rejeita o papel de produtor de literatura. “Não me sinto muito bem nessa casa chamada literatura. Eu sou um contador de histórias”. Assim como Guimarães Rosa, ele adotou o uso de palavras inventadas, e atribui essa possibilidade poética à língua portuguesa: “A língua portuguesa tem uma dinâmica, uma aceitação ao novo. Ela oferece uma elasticidade que as outras línguas têm menos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário